Empreender é um grande desafio, não é mesmo? Além de uma boa ideia e coragem para investir, é preciso se dedicar a questões burocráticas e se manter atualizado com a legislação empresarial. Como um dos objetivos do nosso blog é ajudá-lo a superar esses obstáculos, preparamos este material sobre a estrutura do balanço patrimonial.
Uma boa gestão do negócio após a sua abertura é um fator-chave para a sua sobrevivência. Por isso, é essencial que você aprenda a se tornar um administrador eficiente e mantenha o seu patrimônio organizado.
Se você tem dúvidas sobre o tema e deseja aprender a montar um balanço patrimonial de acordo com as regras vigentes, não deixe de acompanhar este post até o final!
O conceito de balanço patrimonial
O balanço patrimonial é considerado um dos principais relatórios e métricas gerenciais de uma empresa. Ele é obrigatório por lei e apresenta a real situação financeira do negócio em um determinado período.
As informações ali contidas mostram o patrimônio empresarial quantitativa e qualitativamente, facilitando a fiscalização da contabilidade, já que serve como um “portal de transparência”, em que todos os bens, os direitos, as fontes e os recursos são apresentados. Para isso, ele é dividido em três grupos:
- ativo;
- passivo;
- patrimônio líquido.
Em resumo, podemos concluir que esse documento contábil é vital para a administração da empresa. Sem ele, gestores e empreendedores não conseguem visualizar a real situação do negócio e podem enfrentar sérios problemas, inclusive com os órgãos fiscalizatórios.
A Lei 11.638/07 e a estrutura do balanço patrimonial
A contabilidade não é uma ciência imutável e, obviamente, evolui ao longo dos anos para tornar o cotidiano dos profissionais da área e dos empresários mais simples e eficiente.
Aliás, no universo empresarial, é fundamental que os relatórios acompanhem a complexidade e o dinamismo das relações comerciais e da própria globalização.
Conforme mencionado, o balanço patrimonial é um dos relatórios contábeis de maior relevância para a gestão de uma empresa e, naturalmente, sofreu modificações ao longo dos tempos.
Em 2007, a Lei 11.638 reformulou esse documento com o intuito de adequá-lo às Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), dando origem a uma nova estrutura para o documento. Confira, a seguir, as principais mudanças implementadas.
Reformulações no campo “Ativo”
Antes da alteração legislativa, o campo “Ativo” era composto por três grupos: circulante, realizável a longo prazo (RLP) e permanente. Com a aprovação da nova legislação, ele passou a conter apenas dois grupos:
- circulante;
- não circulante.
O antigo RLP passou a integrar o ativo não circulante, que também ganhou o subgrupo dos “intangíveis”, em que devem ser registrados os bens incorpóreos da organização, além dos “investimentos” e “imobilizado” — que estavam dentro da classificação permanente na antiga estrutura.
Reformulações no campo “Passivo”
O campo destinado aos passivos ou às despesas da empresa também sofreu modificações. Atualmente, ele conta com três grandes grupos:
- circulante;
- não circulante;
- patrimônio líquido.
O antigo subgrupo “resultados de exercícios futuros” foi incorporado ao passivo não circulante com a nova nomenclatura de “receita-despesas diferidas”.
Reformulações no campo “Patrimônio Líquido”
Por fim, a nova lei trouxe novidades no campo de “patrimônio líquido” para sociedade por ações. Agora, ele passa a ter os seguintes subgrupos:
- capital social;
- reservas de capital;
- ajustes de avaliação patrimonial;
- reservas de lucros;
- ações em tesouraria;
- prejuízos acumulados.
Os elementos do novo balanço patrimonial
Conhecer a nova estrutura não é suficiente para entender as alterações e conseguir aplicar a nova lei em seu cotidiano. Para isso, é fundamental entender melhor cada um dos elementos que formam o balanço patrimonial.
Muitos empresários, principalmente aqueles com pouco conhecimento em gestão empresarial, têm dificuldades em interpretar esses conceitos e, por isso, preparamos um breve resumo sobre eles:
- ativo — recursos que geram fluxo de caixa, incluindo bens e direitos, como equipamentos, contas e recursos;
- passivo — obrigações da organização, como contas a pagar, financiamentos e juros;
- patrimônio líquido — recursos investidos pelos acionistas e sócios (em sociedade por ações) ou o resultado da diferença entre ativo e passivo, ou seja, o capital disponível da empresa.
Em relação aos subgrupos, é interessante compreender quais elementos serão inseridos em cada um deles:
- ativo realizável a longo prazo — contas que tenham realização após o término do exercício, geralmente em prazo superior a um ano, além de direitos derivados de vendas e empréstimos que não integram a exploração da atividade principal da empresa, por exemplo.
- investimentos — aquisição de ações e títulos com o objetivo permanente;
- imobilizado — bens e direitos fundamentais para o funcionamento do negócio, como prédios e maquinário;
- intangível — marcas, patentes, sistemas e fundos adquiridos;
- passivo circulante — obrigações da empresa que vencem no exercício seguinte;
- passivo não circulante — obrigações da empresa que vencem após o exercício seguinte.
Os passos para montar um balanço patrimonial
Para montar o balanço patrimonial, o responsável precisa ter acesso aos dados atualizados da empresa. Isso significa que, durante todo o ano, é preciso ser rigoroso no registro de informações e utilizar boas ferramentas, como um sistema de gestão para simplificar a tarefa.
Se essa ação não for bem executada, a elaboração do balanço patrimonial será bem mais complexa que o normal e pode conter inconsistência nas informações.
No entanto, partindo da premissa de que você segue essa boa prática, é hora de conferir os passos para obter um relatório correto e completo. Acompanhe!
1. Defina o período do balanço patrimonial
O primeiro passo é definir o período que o balanço patrimonial representará. É importante destacar que isso varia de acordo com a empresa e as suas necessidades e pode ser trimestral, semestral ou anual.
2. Faça o lançamento das entradas de recursos
O próximo passo é fazer o lançamento de todas as entradas de recursos durante o período em análise. Eles devem ser inseridos no documento de acordo com a classificação apresentada, sendo essencial que tudo seja registrado.
3. Faça o lançamento das saídas de recursos
Em seguida, você lançará todas as despesas da empresa no mesmo período. Tenha atenção redobrada a esse quesito, analisando os dados de fluxo de caixa e dos livros contábeis. Nada pode ser deixado de lado, inclusive projeções de compromissos.
4. Calcule o patrimônio líquido
Com todos os dados lançados, basta realizar o cálculo do patrimônio líquido. Esse resultado reflete a situação financeira de sua empresa e é essencial para planejar ações e repensar estratégias, principalmente quando há saldo negativo ou inconsistência nos dados.
A estrutura do balanço patrimonial apresentada pela Lei 11.638/07 foi pensada para adequar as normas brasileiras às exigências internacionais e simplificou alguns registros contábeis.
Conforme visto, é importante se dedicar a esse procedimento e cuidar para que todos os dados financeiros da empresa estejam sempre atualizados. Isso facilita a sua vida e a de seus contadores.
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